Promotor
Companhia de Actores
Sinopse
Fala-me Como a Chuva e Deixa-me Ouvir é uma peça curta de um acto único escrita em 1953. Toda a cena decorre num domingo qualquer e num quarto qualquer em Manhattan. Homem e Mulher são as duas personagens sem nome próprio e são definidas apenas pelo seu sexo. Ambos percorrem uma acção que não é bem clara; pode ser uma memória, um sonho ou até um episódio do futuro. Ele permite-se a uma reflexão sobre os seus estragos físicos e emocionais que consequentemente causam um terrível arrependimento. Ela anseia por uma identidade inventada por si própria com um possível conforto que talvez nunca virá a viver. Estas personagens ainda de rostos jovens encontram-se degradados psicologica e emocionalmente pela sua própria consequência; são como “crianças que vivem num país desolado pela fome”.
Em particular, esta proposta de encenação decorre em vários domingos, na mesma hora, no mesmo quarto de hotel e com a mesma questão que os leva sempre a perceber que é domingo. É um drama de um casal que desespera por uma nova linguagem e por uma nova rotina quer pelo afastamento ou quer pela união. É essencialmente um jogo entre personagens e inevitavelmente entre actores: as personagens perdem as palavras e o actores perdem a regras. A premissa conclui-se por si própria: “Falaste-me como a chuva e não me deixaste ouvir”.
Este espectáculo é um exercício final do segundo semestre de Mestrado em Teatro com especialização em Encenação pela Escola Superior de Teatro e Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa.
Ficha Artística
Texto: Tennessee Williams?
Tradução: David Antunes?
Encenação e Concepção Artística: Lília Lopes?
Assistência de Encenação: Ana Margarida Baptista
Interpretação: Bruno Xavier e Lília Lopes
Luz e Som: Gonçalo Morais
Interpretação Musical: Guilherme Pais Antunes
Fotografias de Cena: David Nobre